Ditadura Militar

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Ontem às 19h foi inaugurada a exposição cronológica da época da ditadura militar, ficará até o fim do mês na Praça Oito - Centro de Vitória. São várias fotos que mostram desde o golpe de Estado de Getúlio Vargas até a chamada ‘’luta armada’’, opositores ao governo miliatar que através da desobediência civil, linchamentos, sequestros tornaram possível a democracia que temos hoje.

O que é a ditadura?

Ditadura é o regime político autoritário em que os poderes legislativo, executivo e judiciário estão nas mãos de uma única pessoa ou grupo de pessoas, que exerce o poder de maneira absoluta sobre o povo. Podem existir regimes ditatoriais de líder único (como os regimes provenientes do Nazismo, do Fascismo e do socialismo real) ou coletivos (como os vários regimes militares que ocorreram na América Latina durante o século XX).


Ditadura no Brasil e o golpe de 64


Getúlio Vargas chegou ao poder através da Revolução de 1930. Sob pressão promulgou em 1934 uma Constituição democrática. Em 1937, alegando uma suposta conspiração comunista, conhecida como Plano Cohen, Vargas outorga uma nova Constituição, aumentando seus poderes e evitando eleições diretas, e instaura a censura e um Estado policial que durou até 1945. Esse período ditatorial é conhecido como Estado Novo. A democracia foi restaurada após a queda de Vargas e foi mantida, apesar de várias tentativas de golpe de estado, até o Golpe Militar de 1964 apoiado e financiado pelos Estados Unidos. Getúlio Vargas voltou ao cargo político máximo da república brasileira em 1950 democraticamente, porém a pressão da oposição, mais especificamente da UDN e de alguns militares, levaram-no ao suicídio em 1954. Devido a forte comoção popular os movimentos golpistas foram esfriados por uma década. A pressão internacional anti-comunista liderada e financiada pelos Estados Unidos criou o IPES, que estimulou e apoiou ao movimento que derrubou João Goulart. A Operação Brother Sam, que não foi posta em prática, é a prova definitiva da ingerência dos Estados Unidos na política interna brasileira. Na ditadura militar que se seguiu ao golpe e durou vinte e um anos (1964-1985) houve repressão policial, exílios políticos, estabelecimento de legislação autoritária, com supressão dos direitos civis, uso da máquina estatal em favor da propaganda institucional e política, manipulação da opinião pública através de institutos de propaganda governamental e empresas privadas que se beneficiaram do golpe. Censura, torturas, assassinatos de líderes opositores foram institucionalizadas pelo AI-5, na prática uma emenda à Constituição de 1967, que baseada na Doutrina de Segurança Nacional instaurou um Estado policial. Endividamento externo do país, construção de grandes obras com licitações forçadas para grupos de grandes empreiteiros que juntamente a grandes empresas financiaram o golpe de Estado. Durante a ditadura militar, o Brasil foi governado por dois marechais e três generais. O primeiro governo foi o do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco que durou de 1964-1967. O segundo governo foi o do marechal Artur da Costa e Silva que durou de 1967-1969. O terceiro governo foi o do general Emílio Garrastazu Médici que durou de 1969-1974. O quarto governo foi o do general Ernesto Geisel que durou de 1974-1979. O quinto governo foi o do general João Figueiredo que durou de 1979-1985. Do outro lado houve resistência de opositores ao governo militar, primeiramente através dos meios legais precariamente disponíveis dentro do próprio regime; posteriormente, em função da intensificação da repressão violenta aos direitos civis e políticos (principalmente os direitos de livre expressão e associação), organizaram-se grupos de protesto e resistência que se valeram de expedientes diversos tais como a desobediência civil, a clandestinidade e as ações armadas como seqüestros, assaltos violentos, guerrilha urbana e nos sertões, patrulhamento ideológico, torturas e justiçamentos (linchamentos seguidos de morte). A chamada "luta armada" obtinha recursos através da expropriação forçada de capital, como assaltos e com isso financiava atividades guerrilheiras na cidade e no campo.

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This article has 2 comments

  1. pow mano... gostei do blog...
    bem criativo e critico....

    abraçao mano....
    agente se ve cara.. te mais...

  2. O blog na verdade funciona como site, quero atingir todas as demandas sociais e colocar em discussão os assuntos cotidianos.
    Mostrar também a nossa cultura, educação através de estudos e pesquisas. Tornar claro e exercitar meus textos na criatividade, autocrítica e no desenvolvimento.

    Renan Castro.

Frase do dia:

Viva como se fosse um sonho e morra como se fosse amanhã! - Prisioneiro da Morte